sexta-feira, novembro 30, 2007

RADAR




XVIII FEIRA DO LIVRO ESPÍRITA DO PARÁ


Começa no próximo sábado a XVIII Feira do Livro Espírita.
Novamente se realizará na Praça da República.
Trata-se de excelente oportunidade de conferir as novidades do mercado editorial, de comprar em preços promocionais e de dar ótimos presentes de Natal.
A feira acaba no dia 09 (domingo).


FILME BEZERRA DE MENEZES


Em breve estará na telona o filme sobre a vida do médico Bezerra de Menezes, dirigido por Glauber Filho.
Destaque para os atores Carlos Vereza e Caio Blat.
O filme conta a bela história de uma dos personagens mais respeitáveis do movimento espírita, Dr. Bezerra de Menezes, que tem devotos mesmo entre irmãos de outras crenças.
Imperdível programação cultural.


1 ANO DE MARCELA, A BEBÊ DA VIDA


Contrariando o prognóstico da medicina materialista, Marcela de Jesus Ferreira, o bebê que sofre de anencefalia, completou no dia 19.11.2007 um ano de vida, para o mal-estar dos que defendem que a matéria é tudo e que bebês como Marcelinha deveriam ser abortados.
Ela deveria ter morrido algumas horas depois do nascimento, mas insiste em viver e em expandir o amor em sua mãe e nos milhares de admiradores que acompanham sua hercúlea missão. Não foi sem razão que recebeu tantos presentes e homenagens.
Marcela tem se alimentado bem e tem demonstrado ótima audição.
Já se tentou, inclusive, alegar que não se tratava de anencefalia, o que foi descartado por exames minuciosos.
Parabéns para Marcela e sua família, vocês representam luz ante o avanço das trevas do materialismo. Afinal, você está honrando o seu sobrenome: Jesus.

11 ANOS DE SOCIEDADE ALTERNATIVA
Completou aniversário no dia 30 de novembro a Sociedade Alternativa.
ONG amada, onde a caridade é praticada discretamente por abnegados voluntários.
Foge dos holofotes, mas não das lutas por um mundo melhor.
Sementes lançadas já dão bons frutos.
Parabéns a todos que são uma alternativa à sociedade.


AMOR E CARIDADE

O Centro Espírita Amor e Caridade fechará suas atividades de 2007 no dia 23 de dezembro, em Marituba. Haverá programação para cerca de 400 crianças e para 200 adultos.
Serão distribuídos brinquedos e cestas básicas.
A organização ainda está recebendo doações.
Quem tiver interesse em ajudar a fazer um Natal mais solidário, entrar em contato pelo telefone 91-96072021 com o Sr. Rocha.


ENCONTRO DE TRABALHADORES


O 5º Conselho Regional Espírita estará se reunindo no próximo dia 02.11.2007, no CELUZ.
O tema será: “Os trabalhadores da Última Hora”.
Ótima oportunidade de revigorar a motivação.



POR UM MUNDO MELHOR



PESQUISA SOBRE CÉLULAS TRONCO


O mundo comemorou outra grande descoberta da equipe liderada pelo americano James Thomson: a reprogramação de células da pele para se comportarem como embrionárias.
Pode ser o passo decisivo para superar as discussões éticas sobre o uso de células tronco e, na prática, evitar que embriões sejam usados para pesquisas científicas.
Detalhe: há 9 anos atrás o mesmo James Thomson foi o pioneiro em usar os embriões para coleta das células tronco.



CURIOSIDADE


O governo chinês, que é comunista e ateu, proibiu o Dalai-Lama, chefe político do Tibet e espiritual do Budismo, de reencarnar em solo chinês sem a devida e prévia autorização do governo chinês, ressalte-se: ateu.
Será que Deus corre o risco de ser preso por desobediência?

quinta-feira, novembro 15, 2007

NÍVEIS DE CARIDADE

“Toda moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, quer dizer, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho.”
(Item 3, do capítulo XV, do Evangelho Segundo o Espiritismo)




Certa vez, São Vicente de Paula estava na rua próxima a seu trabalho social quando percebeu que a carruagem real se aproximava e estava manobrando para estacionar. Era uma oportunidade impar de tentar um socorro às inúmeras dificuldades que encontrava de amparar seus irmãos em sofrimento. Apressou-se e, com muito custo, conseguiu vencer a isolamento da guarda real para dirigir a palavra ao príncipe:
- Príncipe, que podes dar para meus pobres mendigos? Falou-lhe cheio de esperança, estendendo-lhe a mão aberta, fundeada por um sorriso doce.
O príncipe olhou-o enojado pela insolência da abordagem intempestiva e, com asno, cuspiu-lhe na mão estendida para humilhá-lo e o fazer desistir do pleito inconveniente.
Espírito altaneiro, São Vicente fechou a mão, recolheu-a tranquilamente e estendeu a outra, novamente aberta, sem demitir o sorriso fraternal, e encarando-o falou-lhe:
- Isto é o que eu mereço. Mas diga-me honrado príncipe, que podes dar para meus pobres mendigos?
Golpeado pela atitude magnânima de humildade, o príncipe sentiu fugir-lhe o sangue e constrangido, reconheceu naquele ser miserável um rico de espírito. Dali em diante, passou a ser o maior colaborador da bela obra de São Vicente de Paula.
Temos no relato acima, um exemplo paradigmático de um homem que soube calar seu ego para viabilizar a caridade.
Quantos de nós teríamos feito o que São Vicente fez ou, noutra dicção, quantos de nós não teríamos revidado a agressão, quiçá de forma mais hostil?
Ampliando a reflexão, podemos também perguntar: quantos de nós se propomos encarar dificuldades para fazer a caridade?
Superficialmente, a maioria das pessoas se propõe a fazer o bem na forma de caridade. Mas porque tantas se limitam à caridade mais simplória? Por que tantas desistem diante das primeiras dificuldades?
Na parábola crística do semeador[1], podemos identificar alguns níveis psicológicos que revelam, sabiamente, nosso comportamento. Estudemos:
As sementes que caíram no caminho e foram comidas pelos pássaros, atestam o psiquismo desatento à palavra evangélica, vulnerável ao ataque das trevas.
É o primeiro nível, o da motivação egoística. No primeiro estágio, muitos ainda têm coração de gelo, são indiferentes ao próximo, movidos unicamente pelo ego, senhor de seus interesses. Neste caso, a caridade – quando praticada - é para tirar alguma vantagem pessoal. Muitas vezes, floreada com um discurso solidário e humanista, tem-se no ato um cálculo dos benefícios que pode auferir para sua imagem, projetos e empreendimentos. Vê nos que ajuda pobres coitados, mas por eles não sente nada que vá além da pena momentânea, logo vencida pela indiferença cotidiana. Quando a caridade já não se lhes revela vantajosa, quando os problemas se multiplicam, logo se afastam.
As sementes que caem entre as pedras e, não tendo raízes, foram queimadas pelo Sol, denunciam um psiquismo que já é tocado pelos valores mais elevados, mas que ainda não encontra solo fértil suficiente para germinar raízes mais profundas. Obstáculos e dificuldades o fazem desviar do bom caminho.
É o segundo nível, o da motivação cultural. Estas pessoas fazem caridade para cumprir com deveres sociais e religiosos, para se sentirem aceitas em sociedade, para atenderem certas expectativas, regras e modismos. Neste caso, a vontade de fazer a caridade nasce por ter visto um filme, um documentário, uma palestra ou para não ser criticada, para não se sentir inadequada no seu meio. Sensibilizada momentaneamente, tem vontade de ajudar. Já não busca uma vantagem pessoal, mas sua motivação é episódica, superficial, sem raiz, por isso passageira. Algumas já têm vontade de começar algum trabalho, mas alegam que não sabem como ou que nunca têm tempo. Quando enfim começam, abandonam e ficam o tempo todo prometendo voltar. Essas pessoas vêem na pessoa ajudada, um desafortunado que merece apoio, mas seu sentimento ainda é mais de pena, do que de compaixão. Por isso, seus atos de caridade não são duradouros, por não acreditar que aquele a quem ajuda, pode erguer-se do fundo do posso.
As sementes que caem entre espinhos que as sufocam, quando crescem, indicam aqueles que tombam não por falta de noções espirituais elevadas, mas por se deixaram envolver demais com as preocupações do mundo material.
É o terceiro nível, o da motivação idealística. Trata-se de um nível psicológico mais profundo, refinado. Incluem-se neste grupo as pessoas que percebem a caridade não como uma forma de auferir vantagens, como um dever social, mas como uma prática espiritual, não necessariamente religiosa, eis que há pessoas sem religião e caridosas neste nível. Fazem o bem não apenas porque se sentem espiritualmente plenas, mas porque reconhecem no irmão em sofrimento um igual, um ser humano e espiritual credor de respeito, dignidade e amor. Já não sentem pena, sentem empatia pela dor do outro, e nutrem pelo sofredor compaixão, ou seja, sabem que a dor e o sofrimento são terapias necessárias, mas que – nem assim – justificam o abandono, a indiferença, a omissão, por isso não perdem a oportunidade de ajudar. Contudo, não conseguem se dedicar plenamente à caridade. As preocupações do mundo tomam expressiva parte de seu tempo e, por esta razão, acabam praticando a caridade nas folgas, nos horários vagos, nos finais de semana, embora já tentem exerce-la no convívio cotidiano com seus amigos, familiares, colegas de trabalho, com estranhos.
Por fim, as sementes que caem em boa terra e frutificam em larga messe, revelam um solo fértil, preparado para germinar as grandes potências do espírito.
É o nível mais puro, o da motivação amorosa. Neste ambiente só respiram os santos, os espíritos superiores. São facilmente reconhecidos pela capacidade de renúncia, desprendimento, sacrifício, dedicação à caridade, a causas humanitárias relevantes. Jamais buscam vantagens e reconhecimento – embora sejam admirados por milhares de simpatizantes -, fazem muito mais do que os deveres sócias exigem e dedicam suas vidas, totalmente, a fazer o bem. Vêem no sofredor um irmão, filho de Deus. Não há nada que os faça desistir, recuar no bom combate. São Vicente de Paula, Madre Tereza de Calcutá, Chico Xavier são apenas alguns exemplos.
Chico – o homem amor, viveu para o bem. Doou toda a arrecadação da venda de seus livros a instituições de caridade e, mesmo aos 90 anos, debilitado, não deixou de distribuir amor. Madre Tereza, a mãe dos pobres, deu dignidade a milhares de hansenianos e miseráveis. Certa vez, recebeu a visita de um repórter de um grande jornal americano. Ao adentrar na casa de caridade onde jaziam dezenas de enfermos agonizantes, fétidos e lamuriosos, afirmou, referindo-se ao trabalho de caridade praticado ali: _ Não faria isso nem por um milhão de dólares. Madre Tereza o olhou com compaixão e retrucou: _ nem eu!
E você, o que faria? A que nível pertence?






[1] São Mateus 8:1-23;